Ao menos vejo assim a situação da Curiosity, e na verdade das outras sondas em Marte também, por disporem de capacidade de gerar toneladas de dados, mas estarem limitadas por capacidade de armazenamento e principalmente com a banda de transmissão com a Terra.
As sondas e satélites de observação hoje em dia mandam thumbnails, e aguardam comandos para que os cientistas escolham quais imagens querem em alta resolução. Só assim conseguem manter os canais menos que 100% congestionados.
Por mais que a Curiosity tenha contato direto com a Terra, com seu transmissor de 15 Watts, seu contato direto consegue velocidades entre 800 e 160 bits por segundo, dependendo da antena a captar o sinal. Imagine transmitir UMA imagem de 2 Megapixels.
O método ideal de transmissão é utilizando os dois satélites, a Odissey e o MRO (Mars Reconaissence Observatory), satélites que orbitam Marte, como retransmissores. A Curiosity fala com o Odissey a 256 Kbits/s e com o MRO a 2 Megabits/s.
Dado o uso da Deep Space Network por outras missões, e os dados normais já enviados por esses satélites (a câmera HIRISE, dos tais 555MB está fixada no MRO) a banda total tem que ser dividida, então a NASA pretende receber 250 Megabits por dia marciano da Curiosity.
Isso dá 31.25MB, que não equivale a nem um filme educativo decente, a não ser que você curta aquela perversão chamada formato RMVB.
Dividindo, isso dá 1.30MB/h, ou 0.0217MB/s == 21.7KBs.
O nome do robô é curiosidade, o nome do "jogo" é Paciência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário